Oh, quão ingênua fui ao pensar que escrever para o melhor amigo era desafiador, enquanto estava ciente de que logo teria de escrever para vocês.
Vocês, instrumentos através do qual Deus decidiu me trazer a este mundo, a combinação genética perfeita para que eu fosse exatamente assim, do jeitinho eu deveria ser: Olhos grandes, escuros e expressivos, nariz de bolinha na ponta e essa boca sem formato... Rosto redondo, cabelos ondulados (ou armados, não sei), características que me permitem olhar no espelho e enxergar um pouco de cada um de vocês.
Apesar disso, semelhanças físicas são as menores, porque há muito mais na minha personalidade: independente, livre, persistente, dramática e um pouco cruel na maneira de falar.
Todo um conjunto de qualidades e defeitos que não me permitem esquecer a quem pertenço, mesmo quando estou chateada ou revoltada com um de vocês.
É verdade que nem sempre nossos relacionamentos foram os melhores e que muitas e muitas noites chorei sozinha, inconsolável, me perguntando o que tinha feito de tão ruim para vocês não me amarem?
Ou qual era a razão de minha mãe fugir tanto de mim?
Mãe, você sempre falou que eu era forte e estruturada e não precisava tanto de você quanto meus irmãos, mas, eu precisava... Eu precisei!
Eu senti sua falta, eu sofri em silêncio e aprendi viver como que se estivesse satisfeita com tudo... Enxugava as lágrimas e sorria, agradecia cada oportunidade de poder te abraçar e conversar.
Cansei de te ver chegar e partir tantas vezes, até que não consegui mais me envolver.
Você é parte de mim e eu de você, como disse, tenho seus olhos, seu nariz e um pouco do seu jeito, inclusive naquilo que não queria puxar.
Você é uma boa pessoa, e sempre se esforça para compensar em pouco tempo a ausência do que se passou, então não posso reclamar do pequeno infinito que vivemos juntas: das madrugadas conversando e das piadas e todas as histórias que contarei para os seus netos, e depois para os meus netos...
Me perdoe se fiquei um pouco fria e insensível, não foi a intenção... Nunca quis te fazer sofrer, nem mesmo planejei abandonar você, mas é que as vezes, só as vezes, não sei muito o que fazer.
Sei que me ama e do meu jeito, com os meus defeitos, eu também amo você!
Pai, nosso relacionamento não foi dos mais fáceis também, mas, você sempre se desdobrou para estar aqui... Para me falar que queria minha felicidade, sem perder a postura de "durão", reclamando minha "indiferença" e "independência", da minha dificuldade em te visitar ou ligar e principalmente em pedir ajuda, mesmo quando preciso.
Deu seu jeito de estar em todos os momentos importantes e apesar de me falar para "não chorar", chorou em todos ou pelo menos na grande maioria... Pelo jeito este meu lado emotiva puxei de você.
Eu te vi sofrer, te vi errar, mas também te vi crescer, aprender e inspirar...
Te vi constituir uma família linda, a qual me faz acreditar que um dia chegarei lá!
Te ouvi pedir perdão, mesmo sabendo que fez o melhor que estava ao seu alcance para aquele momento.
Por isso e por tudo mais que não consigo expressar: eu te amo e para sempre vou te amar!
Com Amor,
Aninha.
Vocês, instrumentos através do qual Deus decidiu me trazer a este mundo, a combinação genética perfeita para que eu fosse exatamente assim, do jeitinho eu deveria ser: Olhos grandes, escuros e expressivos, nariz de bolinha na ponta e essa boca sem formato... Rosto redondo, cabelos ondulados (ou armados, não sei), características que me permitem olhar no espelho e enxergar um pouco de cada um de vocês.
Apesar disso, semelhanças físicas são as menores, porque há muito mais na minha personalidade: independente, livre, persistente, dramática e um pouco cruel na maneira de falar.
Todo um conjunto de qualidades e defeitos que não me permitem esquecer a quem pertenço, mesmo quando estou chateada ou revoltada com um de vocês.
É verdade que nem sempre nossos relacionamentos foram os melhores e que muitas e muitas noites chorei sozinha, inconsolável, me perguntando o que tinha feito de tão ruim para vocês não me amarem?
Ou qual era a razão de minha mãe fugir tanto de mim?
Mãe, você sempre falou que eu era forte e estruturada e não precisava tanto de você quanto meus irmãos, mas, eu precisava... Eu precisei!
Eu senti sua falta, eu sofri em silêncio e aprendi viver como que se estivesse satisfeita com tudo... Enxugava as lágrimas e sorria, agradecia cada oportunidade de poder te abraçar e conversar.
Cansei de te ver chegar e partir tantas vezes, até que não consegui mais me envolver.
Você é parte de mim e eu de você, como disse, tenho seus olhos, seu nariz e um pouco do seu jeito, inclusive naquilo que não queria puxar.
Você é uma boa pessoa, e sempre se esforça para compensar em pouco tempo a ausência do que se passou, então não posso reclamar do pequeno infinito que vivemos juntas: das madrugadas conversando e das piadas e todas as histórias que contarei para os seus netos, e depois para os meus netos...
Me perdoe se fiquei um pouco fria e insensível, não foi a intenção... Nunca quis te fazer sofrer, nem mesmo planejei abandonar você, mas é que as vezes, só as vezes, não sei muito o que fazer.
Sei que me ama e do meu jeito, com os meus defeitos, eu também amo você!
Pai, nosso relacionamento não foi dos mais fáceis também, mas, você sempre se desdobrou para estar aqui... Para me falar que queria minha felicidade, sem perder a postura de "durão", reclamando minha "indiferença" e "independência", da minha dificuldade em te visitar ou ligar e principalmente em pedir ajuda, mesmo quando preciso.
Deu seu jeito de estar em todos os momentos importantes e apesar de me falar para "não chorar", chorou em todos ou pelo menos na grande maioria... Pelo jeito este meu lado emotiva puxei de você.
Eu te vi sofrer, te vi errar, mas também te vi crescer, aprender e inspirar...
Te vi constituir uma família linda, a qual me faz acreditar que um dia chegarei lá!
Te ouvi pedir perdão, mesmo sabendo que fez o melhor que estava ao seu alcance para aquele momento.
Por isso e por tudo mais que não consigo expressar: eu te amo e para sempre vou te amar!
Com Amor,
Aninha.
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