Você pode ler esse texto curtindo este som.
Quem nunca ouviu (leu, ou quem sabe até falou) aquela famosa frase "sou cristão, não sou perfeito"?
Quem nunca ouviu (leu, ou quem sabe até falou) aquela famosa frase "sou cristão, não sou perfeito"?
Eu mesma, confesso, já a usei pelo menos duas vezes...
Foi pensando um pouco nisso que comecei a me incomodar já algum tempo, afinal, ninguém sai falando essa frase a torto e direito, por um mero acaso, mas, geralmente ao nos valer dela, estamos nada mais, nada menos buscando justificar alguma das nossas escorregadinhas.
Foi pensando um pouco nisso que comecei a me incomodar já algum tempo, afinal, ninguém sai falando essa frase a torto e direito, por um mero acaso, mas, geralmente ao nos valer dela, estamos nada mais, nada menos buscando justificar alguma das nossas escorregadinhas.
Acontece que, nessa minha longa experiência de vida (de apenas 24 aninhos) constatei que a realidade é outra:
Não obstante querermos sempre justificar nossos deslizes com a nossa natureza humana e imperfeita, não é isso que o "mundo" espera de nós.
Não só não espera, como sequer aceita nossas infinitas justificativas, ao contrário, cada dia mais se levanta para nos cobrar algo um tanto quanto esquecido: coerência.
O que não só quero quanto preciso dizer é que, há um mundo lá fora que precisa ser alcançando e que espera apenas que sejamos coerentes com a nossa fé e pregação.
Um mundo totalmente em crise sedento para encontrar em nós uma luz no fim do túnel, mas, que não tem visto nem mesmo uma pequena faísca.
A pergunta então é: o que significa ser coerente?
Segundo o site significados "Coerente é alguém ou algo que contém coerência e coesão, ou seja, age e é permeado com lógica e autenticidade."
O site dicionário informal por sua vez, nos forneceu outras sete definições, das quais desejo destacar apenas duas:
"Coerente é ser autêntico, é ser sincero nas três reações: Pensar, sentir, agir"
"Em que há coesão, ligação ou adesão recíproca."
Em outras palavras, somos coerentes quando somos sinceros com aquilo que acreditamos, quando o que dizemos e o que vivemos estão em perfeita harmonia.
E é isso, nada mais que isso, que nós cristãos devemos ao mundo: (sim, devemos, como quem assina nota promissória)
Que ao pregar fidelidade, sejamos fiel;
Que ao pregar amor, sejamos amável;
Que ao pregar perdão, sejamos perdoadores;
Que ao pregar Cristo, sejamos verdadeiros cristãos.
No entanto, o mais engraçado é que queremos ser tanto... Buscamos alcançar a perfeição, criamos diferentes interpretações teológicas, adotamos costumes e mais costumes, impomos tantas diferenças, levantando discussões intermináveis sobre diversas coisas que acabamos nos perdendo no que é simples.
Nos declaramos como uma geração que faz a diferença, mas que diferença estamos fazendo?
Enquanto nos opomos verbalmente ao pecado em nossos cultos ou debatemos sobre projetos de lei ou decisões que são contrárias a nossa "fé", esquecemos que o reino de Deus não é o que achamos ou falamos, mas é o que é, e não é aqui.
Brigamos tanto pela carne, por espaço, pelo mundo que vai perecer aqui e nos esquecemos do que é eterno...
Não, não precisamos de leis que proíbam isso ou aquilo, não precisamos de mais formas e moldes, o precisamos é que no nosso modo de vida seja capaz de despertar no outro -no mundo- o desejo de viver exatamente como vivemos: em santidade.
Porém, só alcançaremos de fato isso quando nos posicionarmos no intuito de sermos simplesmente coerentes com a verdade que tanto pregamos.
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